quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cafetinas - Hot Swing Jazz

Cafetinas é um projeto de jazz diferente, abordando uma atmosfera nostálgica, atinge um nicho específico de consumidores musicalmente mais requintados. É um evento itinerante.
Com a proposta de difundir um novo olhar em entretenimento e cultura, onde a premissa é qualidade do conteúdo e bom atendimento!
Uma festa cheia de charme e de truques, bandas de jazz e outras surpresas improvisadas, que colaborem com um clima intimista e inusitado. O Dress Code é uma das identidades da festa que sempre atrai uma clientela adepta dos modelitos caprichados. Os convidados que aderirem ao dress code pagam meia-entrada.
A próxima edição do Cafetinas que será realizada em parceria com o Bar Brahma e apoio dos Hopaholics traz uma edição especial de Swing Jazz, apresenta a banda de jazz cigano Hot Café Club e a banda de dixieland Riverboats Jazz, além dos 2 shows oferece uma aula de Lindy Hop (dança de origem afro-americana, dançada ao som de Swing Jazz) com o professor argentino Gaston Fernandez. E o Dress Code da vez é a meia-arrastão para as meninas e suspensório para os meninos.
Desde 2008, já participaram do CAFETINAS bandas como: Martinez, Bocato, Mama Gumbo, Jazzbo (Berlin), Quarteto Sinapse (Campinas), DaGaroa Groove, entre outros convidados e dj’s. A festa que teve início no extinto Café São Paulo, na Santa Cecília, teve também temporadas pelo Bar Brahma, Granfino Club, Zé Presidente e Bar B.
A festa é idealizada pela Erativa Cultura e Comunicação, produtora que também realiza o Festival Expresso Jazz São Paulo e o Festival PIB – Produto Instrumental Bruto, ambos especializados em música instrumental.

Cafetinas - Hot Swing Jazz 
Dia 31 de Outubro de 2012 | Quarta-Feira
Programação:
21h Aula de Lindy Hop com Gaston Fernandez (ARG)
22h Show Riverboats Jazz
23h Show Hot Café Club
Local: Bar Brahma. Av. São João, 677. Centro
Couvert Artístico: R$20,00 ou R$10,00 com Dress Code (Mulheres: Meia Arrastão e
Homens: Suspensório)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

7ª Mostra Paulista de Cinema Nordestino

O Serviço Social do Sesi (Sesi-SP) inicia nesta sexta-feira (21/09) a 7ª Mostra Paulista de Cinema Nordestino. Até 29 de novembro, serão exibidos 20 filmes em 32 unidades do interior e da capital paulista. Todas as sessões são gratuitas.
Nesta edição, a mostra irá homenagear o centenário de nascimento de Jorge Amado com a exibição de Capitães de Areia, filme baseado no romance homônimo do escritor.
O Sesi Cinema, mais uma vez, promove a exibição da rica produção nordestina. Em sua 7ª edição, a Mostra Paulista de Cinema Nordestino visa difundir esse importante polo de produção audiovisual fora do eixo Rio-São Paulo, levando o cinema nordestino para além da capital paulista.
A seleção de 2012 reuniu 20 títulos de diversos períodos e Estados nordestinos, sendo 11 curtas, 5 médias e 4 longas-metragens. Entre os destaques estão os longas  Capitães de Areiae o O Homem que Engarrafava Nuvens;e o documentário Fábio Fabuloso e a animação Morte e Vida Severina. Alguns deles são adaptações de obras de grandes nomes da literatura brasileira como João Cabral de Melo Neto e Jorge Amado.
As sessões gratuitas ocorrerão em 32 unidades do Sesi-SP uma vez por semana em horários distintos. Os filmes serão exibidos em formato DVD nas seguintes unidades: Americana, Araçatuba, Araras, Bauru, Botucatu, Campinas II, Catumbi (São Paulo), Cotia, Cruzeiro, Cubatão, Diadema, Guarulhos, Indaiatuba, Ipiranga (São Paulo), Itu, Jacareí, Jaú, Jundiaí, Limeira, Matão, Mogi Guaçu, Ourinhos, Presidente Prudente, Santa Bárbara D’Oeste, Santana de Parnaíba, São Caetano do Sul, São Carlos, Sertãozinho, Suzano, Tatuí, Taubaté e Votorantim.
Os títulos selecionados – ficções, animações, documentários, curtas, médias e longas metragens – retratam os cenários cultural, econômico, político e social do Nordeste brasileiro, valorizando a arte e as produções nordestinas e evidenciando a diversidade de gêneros artísticos e culturais encontrada na região.

Sesi Cinema – 7ª Mostra Paulista de Cinema Nordestino
Período: de 21 de setembro a 29 de novembro de 2012

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Romero Britto no Espaço Cultural HU


Obras recentes do artista pernambucano Romero Britto, radicado nos Estados Unidos, estarão em exposição até o dia 19 de setembro, no Espaço Cultural Hospital Universitário, na USP. A exposição, aberta no dia 07 de agosto com previsão de encerramento para o dia 06 de setembro, acaba de ser prorrogada devido ao interesse do público em visitar as obras do artista, conhecido internacionalmente por utilizar formas geométricas e cores vibrantes.
As obras da exposição, composta por 35 quadros, entre peças de acrílico sobre tela, esculturas, gravuras, pôsteres e giclês estão à venda, segundo o curador Antonio Carlos Cavalcanti Filho. O Espaço Cultural HU fica na av. Dr. Lineu Prestes, 2565, Cidade Universitária, em São Paulo. Os interessados podem visitar a mostra até o dia 19 de setembro, sempre de segunda a sábado, com entrada gratuita. O Espaço Cultural fica aberto das 8 às 19 horas.
Inusitada, polêmica, badalada. Adjetivos não faltam para classificar a obra de Romero Britto, referência internacional do cubismo. As criações do brasileiro combinam elementos do cubismo, da arte pop e do grafite. “Seu trabalho se identifica com os ícones do pop art Andy Warhol, Roy Lichtenstein e Keith Haring e tem influências das vanguardas do cubismo histórico de Pablo Picasso, Joan Miró e Henri Matisse”, diz Roberta Britto, representante oficial do trabalho do artista.
Para a superintendente do HU, professora doutora Sandra Grisi, poder expor as obras de Romero Britto no Espaço Cultural HU é uma conquista do projeto Arte Cura, trazida por Ivald Granato, presidente do Grupo G-Onze. “A arte de Romero Britto vem de encontro ao projeto idealizado por Ivald Granato para o hospital, pois ele intitula sua obra como Arte da Cura. A arte tem importante função de auxílio terapêutico e, cada vez mais os serviços de saúde abrem suas portas para atividades artísticas, resultando em um ambiente humanizado e promovendo bem-estar para pacientes e para quem trabalha com doenças”, explica a professora Sandra.
Artista do retrato da infanta Leonor e dos Reis Juan Carlos e Sofía, Britto realizou interpretações de figuras políticas, da nobreza e artistas. O brasileiro também criou o monumento The big apple, que simboliza a cidade de Nova York no aeroporto John F. Kennedy e recriou a pirâmide de Gisé em plenário no Hyde Park em Londres.

A exposição acontece no Espaço Cultural HU, em São Paulo, e segue em cartaz até o dia 19 de setembro, de segunda a sábado, das 8h às 19h,no Espaço Cultural HU
Av. Dr. Lineu Prestes, 2.565 – Cidade Universitária.
Informações: (11) 3091-9475

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Junio Barreto no projeto Vila da Música


Junio Barreto apresenta-se pela primeira vez em Salvador no dia 09 de agosto, às 20h, dentro da programação de agosto do Vila da Música, projeto que celebra a música nas suas mais variadas formas, e que acontece todas as quintas no Teatro Vila Velha e conta com o patrocínio da Oi através do Faz Cultura e tem apoio da Oi Futuro.
Junio Barreto lançou em 2005, com 10 faixas, o independente "Junio Barreto", seu primeiro CD, que inclui a musica “Santana” gravada por Lenine, Maria Rita e Gal Costa. Após 7 anos e com grande expectativa do público e da imprensa, Junio Barreto lançou seu segundo CD intitulado “Setembro” com 10 faixas inéditas que contam com grandes participações como as vozes de Céu, Marina de la Riva e Luiza Maita, o violão de Seu Jorge, os teclados de Chiquinho e Victor Araújo, as guitarras de Gustavo Ruiz e Junior Boca, a Orquestra Experimental de Cordas e a banda Mombojó, entre muitos talentos da nova música contemporânea brasileira. O disco foi elaborado pelo produtor Pupillo (baterista da Nação Zumbi) além da base formada por bateria, baixo, guitarra, teclado e percussão, foi incluso cordas e metais gravados por grandes músicos pernambucanos como Spock, João do Celo, Misael França e Orquestra Experimental de Câmara de Pernambuco.

Junio Barreto no projeto Vila da Música
Dia 09 de Agosto
Horário: 20:00 hs
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) / R$ 15,00 (meia) 
Teatro Vila Velha
Av. Sete de Setembro, s/nº, Passeio Público,Campo Grande, Salvador, Bahia
Fone: (71) 3083-4600

domingo, 5 de agosto de 2012

Impressionismo: Paris e a Modernidade

Detentor da mais importante coleção de obras impressionistas, o Museu d’Orsay é um dos mais visitados museus do mundo. Pela primeira vez, 85 obras de seu acervo cruzarão o Atlântico para aportar no Brasil, na exposição Impressionismo: Paris e Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d’Orsay de Paris, França. A exposição apresentará um panorama detalhado da pintura impressionista e pós-impressionista. A mostra vai de 04 de agosto a 07 de outubro de 2012, no CCBB de São Paulo, e de 22 de outubro de 2012 a 13 de janeiro de 2013, no CCBB do Rio de Janeiro.
Impressionismo: Paris e Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d’Orsay de Paris, França tem a “cidade luz” como a principal estrela.Capital moderna por excelência, Paris atraiu os maiores artistas do século XIX, que pintaram sua paisagem, seus lugares e sua vida sob diferentes perspectivas. Atraídos ou repelidos pelo seu magnetismo, a cidade motivou a expressão artística de Claude Monet, Vincent Van Gogh, Jules Lefebvre, Edouard Manet, Paul Gauguin, Pierre-Auguste Renoir, Toulouse-Lautrec, entre outros. A exposição reúne alguns dos trabalhos desses pintores: por um lado, aqueles cuja temática está ligada ao crescimento da cidade, a vida moderna, os caminhos de ferro e as estações; por outro, estão representadas obras que surgiram a partir de uma reação a este movimento, a fuga da cidade em busca de ambientes bucólicos.
A exposição reúne seis módulos, sendo três deles dedicados à vida da cidade: “Paris: a cidade moderna”, “A vida urbana e seus autores” e “Paris é uma festa” apresentam a vida urbana marcada pela construção de grandes boulevards, mercados, jardins públicos, cafés, óperas e bailes. Aqui estão as cenas e vistas do rio Sena e da catedral de Notre-Dame de Paris, retratadas por Pisarro e Gauguin, as cenas da vida burguesa retratadas por Renoir; o cotidiano mundano das prostitutas, em quadros como Femme au boa noir, de Toulouse-Lautrec; e as bailarinas de Degas e as plateias dos cabarés e teatros representadas em La troisième galerie au théâtre du Chatelet, de Félix Vallotton.
Os outros três módulos – “Fugir da cidade”, “Convite à viagem” e “A vida silenciosa” - mostram os trabalhos de artistas que escaparam do ritmo acelerado de Paris para uma vida calma e reservada. Entre os artistas que buscaram a tranquilidade do campo como forma de inspiração estão Claude Monet, que se mudou para Argenteul, no interior da França, e depois para Giverny. Van Gogh decidiu seguir para Arles, com a finalidade de formar uma colônia de artistas; Gauguin e Émile Bernard foram viver na Bretanha; e Cezanne voltou a Aix-en-Provence para redescobrir a luz. Já um grupo de artistas do movimento Nabi (palavra que significa “profeta”, em hebraico e árabe) escolheu privi¬legiar o universo interior, delicado à leitura, à música e à vida em família.


Impressionismo: Paris e Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d’Orsay de Paris, França
04 de agosto a 07 de outubro de 2012
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Rua Álvares Penteado, 112
Centro - São Paulo - SP
Agosto - Terça a domingo - 9h às 22h
Setembro: Terça a domingo, das 10h às 22h
Atendimento a grupos agendados: 7h às 10h
Informações: (11) 3113-3651 / 3113 - 3652

CCBB RJ
22 de outubro de 2012 a 13 de janeiro de 2013
Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Rua Primeiro de Março, 66
Centro - Rio de Janeiro - RJ
Terça-feira a domingo, de 9h às 21h
Informações: (21) 3808-2020

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pelourinho – Um cartão-postal da Bahia

Composta por postais, fotografias e vídeos, apresenta as mudanças sofridas no Pelourinho com o passar do tempo e traz uma reflexão sobre patrimônio cultural como produto do homem e de suas relações políticas, sociais e econômicas. O público pode visitar a exposição de terça a sexta, entre 12h e 18h, e nos fins de semana e feriados, das 12h às 17h. 
A mostra expõe um panorama da comunidade, dos grupos culturais e da arquitetura do Pelourinho a partir de cerca de 150 imagens. São peças do próprio acervo do Museu Tempostal e postais e fotografias cedidos por diversas instituições. “Com o intuito de ampliar o conhecimento sobre a história do Centro Histórico, berço da nossa cidade, buscamos uma interação entre o acervo do museu relacionado à temática e as imagens que pertencem a instituições que atuam no Pelourinho”, afirma a coordenadora do Museu Tempostal, Antônia Pinheiro. Pelourinho – Um cartão-postal da Bahia, explica a diretora de Museus do IPAC, Maria Célia T. Moura Santos, integra um programa da DIMUS que busca realizar exposições de curta duração com temáticas diversificadas com o objetivo de trazer contribuições importantes para a reflexão sobre o passado e sua relação com a contemporaneidade. “Através desta mostra, podemos identificar diferentes períodos da história do Centro Antigo e refletir sobre temas e problemas da atualidade”, conclui. A exposição retrata a história do Pelourinho desde o século XIX aos dias atuais, com destaque para o século XX, período em que ocorreram as maiores mudanças. 
Os visitantes poderão conferir imagens do Terreiro de Jesus em 1808, do bonde que cruzava o Centro Histórico em 1930 e da Ladeira do Pelourinho na década de 60. Uma foto aérea da região nos anos 90 também integra a mostra. Para a museóloga Luzia Ventura, “a exposição é uma oportunidade para que turistas e baianos, em especial, a comunidade do Centro Antigo, possam conhecer melhor e valorizar este patrimônio cultural que é o Pelourinho”. Além dos postais e fotografias, uma apresentação com um grande número de imagens foi especialmente preparada para que o público possa mergulhar no universo no Pelourinho. Os interessados podem ainda assistir aos filmes Pelourinho, de Vítor Diniz, e Comunidade do Maciel, de Tuna Espinheira.

Pelourinho – Um cartão-postal da Bahia
Museu Tempostal  - Rua Gregório de Matos, 33, Pelourinho. Tel. (71) 3117-6383
Até 30 de dezembro
Visitação: terça a sexta, 12h às 18h. Sábados, domingos e feriados, 12h às 17h
Grátis

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Recôncavo Jazz Festival

Depois de fazer sua última apresentação no Brasil no ano passado, o sax-tenor Joshua Redman volta ao país para uma turnê especial em que se apresenta com a Orkestra Rumpilezz, liderada pelo maestro Letieres Leite. Na Bahia, o encontro pode ser conferido na cidade de Cachoeira, durante o Recôncavo Jazz Festival, projeto que acontece entre os dias 23 e 25 de agosto, na Praça da Aclamação. Tido como um dos mais aclamados e carismáticos músicos de jazz surgidos na década de 90, Redman é californiano e lançou seu primeiro álbum em 1993. De lá pra cá, lançou mais de dez álbuns como líder tendo o seu trabalho comparado a lendas como John Coltrane, Dexter Gordon e Sonny Rollins. 
O Recôncavo Jazz Festival conta também com atrações nacionais e locais de jazz, entre elas os grupos baianos de jazz Mondicá Trio, Saravá Jazz Bahia Sexteto e a também baiana Retro_Visor, que traz na sua formação o curioso vibrafone – instrumento de influência africana composto por barras de metal, mantendo a mesma estrutura de um piano, que foi aprimorado pelos americanos nos anos 50 no jazz e, no Brasil, utilizado no mesmo período na Bossa Nova. O evento é assinado pelas produtoras baianas Putzgrillo Cultura e Ginga P., e conta com patrocínio exclusivo do Governo da Bahia.

Recôncavo Jazz Festival
Joshua Redman & Orkestra Rumpilezz, Mondicá Trio, Saravá Jazz Bahia Sexteto, Retro_Visor e outros
De 23 a 25 de agosto
Praça da Aclamação – Cachoeira, Bahia
Grátis

terça-feira, 26 de junho de 2012

Ocupação Nelson Rodrigues

A Ocupação Nelson Rodrigues, segue a vocação desta série que já está na 13ª edição, e convida o visitante a mergulhar na vida e obra de um dos autores mais célebres do Brasil. A mostra com curadoria de Maria Lucia Rodrigues, uma de suas filhas, cocuradoria de Sonia Muller, uma de suas netas, cenografia de Valdy Lopes jr, e organização do Núcleo Cênicas do Itaú Cultural revela um perfil pouco conhecido do autor. Além da exposição o instituto, programa apresentações de peças rodrigueanas, no seu teatro na Avenida Paulista e também no palco do Auditório Ibirapuera, que está sob sua administração. No segundo semestre, a ocupação é exibida em itinerância única na Torre Malakoff, em Recife.
Para dar luz à origem, vida e obra de seu pai, Maria Lúcia optou por colocar na Ocupação Nelson Rodrigues as palavras do próprio dramaturgo para ele mesmo desenrolar o fio da meada, contar suas experiências, transmitiras suas opiniões sobre a vida que viveu e as opções que fez. "Queremos que ele diga como era pequena, mesquinha e hipócrita a sociedade de seu tempo e como ele fez a opção de ser livre; e para ser livre e poder opinar com a sua consciência, ele tinha que optar pela solidão intelectual", observa ela.
Ainda nas palavras da curadora, apresenta ao público aspectos pouco conhecidos do "Pierrot do Meier", como ele se denominou já no fim da vida. Assim, a curadoria foi atrás de suas origens, conta como era Recife, a cidade em que ele nasceu, e de onde vem a sua família. Também traz à cena a família Rodrigues formada por intelectuais e artistas, uns moradores em Pernambuco, outros no Rio de Janeiro. "Mostramos a sua origem pernambucana, sua família, e sua grande humanidade que fizeram de si, por toda a vida, o outsider decidido que se recusava a aceitar o inaceitável", continua Maria Lúcia.
"Creio que a particularidade dessa exposição, em meio a tantos projetos para o ano de centenário do autor, é o fato de não estar apoiada nas análises que foram feitas da obra e na personalidade Nelson Rodrigues. A exposição foi pensada para dar voz a sua consciência", observa Sonia Sobral, gerente do Núcleo Cênicas do Itaú Cultural, que organiza a mostra.
Em 120 m2, a produção do Itaú Cultural opera novo milagre e ergue o espaço expositivo idealizado por Lopes jr entre véus, mobília, espelhos d'água. Eles abrigam 10 projetores com jornais, frases de Nelson, fotos pessoais, da família, dos amigos, imagens feitas em Recife especialmente para a exposição. Mais fotografias e entrevistas são exibidas em quatro monitores. Na mesa que estiliza o momento de reunião da família, 10 tablets trazem jornais se impregnaram na vida do dramaturgo, como A Crítica, de seu pai, e onde ele começou a escrever a suas primeiras crônicas.
Durante meses, Maria Lúcia e Sonia vasculharam arquivos de imagens. Somente para esta ocupação reuniram mais de 150 resgatadas entre o acervo da família, da Funarte, da Fundaj, do fotógrafo Silvestre Silva, e outros. Entre jornais, revistas e pôsteres, pelo menos 80 itens relacionados à vida, produção e criação de Nelson Rodrigues saíram da Biblioteca Nacional para esta ocupação. De Cândido Portinari, amigo dos Rodrigues desde a sua mudança para o Rio de Janeiro, tem três retratos em imagens digitalizadas - um de Mario Rodrigues, pai do dramaturgo, outro de Maria Esther, sua mãe, e mais um de Roberto, um de seus irmãos.
A mostra apresenta, ainda, quatro áudios realizados pelo Museu da Imagem e do Som, em 1967,com depoimentos de Nelson, Fernanda Montenegro, Augusto Rodrigues e Ziembinski, além de mais de uma hora de trechos gravados pela TV Cultura, uma crônica de Carlos Heitor Cony e uma entrevista feita por Clarice Lispector ao dramaturgo. Para arrematar, pairam por toda a exposição, 100 frases de Nelson Rodrigues retiradas dos livros Menina Sem Estrela, O Óbvio Ululante e A Cabra Vadia. Elas estão impressas, pintadas e projetadas naquele espaço como se fossem a voz do autor.
Desta vez, a ocupação é embalada também por uma série de eventos paralelos programados até o segundo semestre. No começo de julho,o Itaú Cultural apresenta apeça Os Sete Gatinhos, com direção de Nelson Baskerville, que também dirige 17 X Nelson, no mesmo mês. Na ocasião, o instituto promove Encontro Com Nelson ao Pé da Cena. Com curadoria de Valmir Santos, o evento reúne três mesas com pares de diretores que rememoram seus percursos criativos diante de uma peça comum de Nelson Rodrigues - entre eles, Cibele Forjaz e Ana Kfoury.
Encerrando a programação em São Paulo, no final de julho, o Auditório Ibirapuera, agora sob administração do Itaú Cultural, apresenta Elas Não Gostam de Apanhar, um recital rodrigueano, dirigido por Marcos Antônio Braz, com CleydeYáconis e Denise Fraga. Na sequência, a Ocupação Nelson Rodrigues é montada em Recife na Torre Malakoff.

Série Ocupação
A Ocupação Nelson Rodrigues é a décima terceira da série de ocupações promovida pelo instituto desde 2009. Criada para fomentar o diálogo da nova geração de artistas com os criadores que a influenciou, essa ocupação no Itaú Cultural integra o trabalho perene do instituto com programas como o Rumos, que há 15 anos incentiva a produção contemporânea colaborando para o aprimoramento de criadores, a difusão de suas obras e a reflexão sobre a arte atual.
As edições anteriores foram dedicadas à apresentação da produção de artistas referenciais das artes visuais (Nelson Leirner, Abraham Palatnik e Cildo Meireles), do teatro (Zé Celso e Flávio Império), da literatura (Paulo Leminski e Haroldo de Campos), da música (Chico Science), do cinema (Rogério Sganzerla), da arte cibernética (Regina Silveira), dança (Ballet Stagium) e, mais recentemente HQ, com Angeli. Esse espaço permite que vários perfis de público tomem contato com a obra desses artistas, e, ainda, que a instituição direcione sua ação educativa para o aprofundamento e a compreensão de seu papel no universo artístico e social.

Ocupação Nelson Rodrigues
Até  29 de julho de 2012
De terça-feira a sexta-feira, das 9h às 20h
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Entrada franca
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1776/1777