Sete dias em Burkina, dirigido pelos músicos e apresentadores Carlinhos Antunes e Márcio Werneck, em 2007, apresenta em 52 minutos o festival de música mais esperado do ano e um dos mais importantes da África, o NAK - Noites Atípicas de Koudougou. Literatura e Resistência, lançado no ano Antídoto do ano passado, mostra a trajetória do próprio diretor do filme, Ferréz. O percurso vai de quando ela era menino e, da favela onde morava, sonhava em fazer gibis até se tornar um dos maiores escritores de sua geração.
Em Conexões Urbanas, José Júnior, coordenador-executivo do AfroReggae, mostra de perto o conflito nas favelas do Rio em quatro partes de 25 minutos: Violência, Polícia, Bandido, Empregabilidade. Favela Rising, também realizado pelo AfroReggae, com produção americana, é um documentário de longa-metragem que conta a história de Anderson Sá. Ele foi um revolucionário social na favela mais temida do Rio, a Vigário Geral, tendo como arma o hip-hop, e quase perde a vida no auge do sucesso.O documentário O Veneno e o Antídoto: Uma Visão da Violência na Colômbia, dirigido por Estavão Ciavatta, em 2008, faz parte de um projeto de pesquisas desenvolvido pelo Grupo AfroReggae e a produtora Pindorama Filmes. A obra mostra a procura da Colômbia por caminhos para a paz, em meio a um violento conflito interno.
A história da formação do Grupo Cultural AfroReggae é apresentada em 90 minutos no documentário Nenhum Motivo Explica a Guerra. O filme conta, ainda, a história de vida de cada um de seus principais integrantes, bem como a mudança de rumos que o projeto proporcionou às suas vidas. Acompanha a gravação de show com o mesmo nome.
Jogo de ideias e depoimentos
Dentro da série Jogos de Ideias, realizada pelo Itaú Cultural e na qual o jornalista Claudiney Ferreira, gerente do Núcleo de Diálogos do instituto, entrevista personalidades culturais, o Espaço Antídoto apresenta em sua sala de cinema Cabeça de Porco, no qual ele fala com MV Bill e Luiz Eduardo Soares sobre o livro homônimo. A obra em questão é resultado de pesquisas realizadas por eles com Celso Athayde. Os dois contam o que os levou a escrever sobre as favelas brasileiras, tratam dos problemas sociais enfrentados por jovens da periferia e comentam a falta de sintonia entre projetos criados pela sociedade e os vindos do governo.
Também no Espaço Antídoto, são transmitidos em looping em seis telas de LCD, disponíveis com fone de ouvido, trechos das entrevistas de personalidades que passaram por outras edições e deixaram o seu testemunho: Adnan Nagnagie (Palestina), Catherine Pappas (Canadá), Daoud Hari (Sudão), Diana Allan (Líbano), Estevão Conceição (Gaudí de Paraisópolis), Farhad Peikar (Afeganistão), Ferréz, Geronimo Barbosa, Pastor James Wuye (Nigéria), Imam Muhammad Nurayn Ashafa (Nigéria), Joselito Crispim, Marcelo Palmares, Marina Maggessi, Natali Santos, Preto Zezé, Stewart Sukuma (Moçambique), Tião Rocha.
Abriga, ainda, uma exposição de fotos dos convidados de 25 países que também já participaram em alguma das quatro edições do antídoto: Afeganistão, Brasil, Burkina Faso, Canadá, Colômbia, EUA, França, Honduras, Inglaterra, Irlanda do Norte, Israel, Líbano, México, Moçambique, Nigéria, Palestina, Sérvia e Sudão). Uma linha do tempo é guiada por fotos e informações a respeito das peças de teatro que foram apresentadas, além dos shows - Banda AfroReggae, Nós do Morro, Rappin Hood, OIlê, Olodum, Lirinha, Z'África Brasil, Arnaldo Antunes, Jards Macalé, Stewart Sukuma, Maurício Tizumba, Leandro Sapucahy, Afrosamba, Samba da Vela, Cesar Lopez, Banda 190, Arlindo Cruz, Paula Lima, Ilê Aiyê, Olodum.