Parece que veremos um grande filme, afinal o diretor Joann Sfar disse:"A primeira vez que vi Serge foi na televisão. Era garoto e ele estava bêbado. Dizia os maiores impropérios. Não poupava nada nem ninguém. Eu era apenas um pequeno garoto judeu, mas, naquele momento, tive a sensação de que valeria a pena crescer, virar adulto, para ousar, como aquele cara." Mas infelizmente a expectativa não corresponde a história de um dos maiores artistas da França de todos os tempos.
Gainsbourg era filho de um pianista judeu e russo emigrado que ganhava a vida tocando em cabarés. Estudou pintura antes de virar um cantor popular e ter sucesso no fim dos anos 1950.
Genial, era um boêmio incorrigível. Conquistou musas como Brigitte Bardot ((interpretada no filme por Laetitia Casta), Jane Birkin (Lucy Gordon) e Juliette Grecco (Anna Mouglalis). Mesmo com suas orelhas de abano e do nariz proeminente.
Ficou mundialmente conhecido por causa da música Je t'aime moi non plus. A canção foi originalmente gravada por Brigitte Bardot, mas o símbolo sexual mais famoso da França pensou melhor e a versão que ela fez foi engavetada por mais de 15 anos.
O diretor Joann Sfar preferiu enfatizar a vida amorosa de Serge. Por isso caiu muito bem o título do filme usado no aqui no Brasil: O homem que amava as mulheres. Que difere bastante do título original Gainsbourg — Vie héroique (vida heróica), afinal a vida de Gainsbourg foi muito mais rica do que se apresenta no longa.
O que realmente chama atenção é a excelente atuação de Eric Elmosnino, que ganhou o César– considerado o Oscar francês – de melhor ator. Fisicamente parecidíssimo com o Gainsbourg, Eric segura o filme que tem duração de 130 minutos e corre o risco de nunca mais conseguir atuar de maneira tão brilhante.
Veja o filme sabendo que Sfar preferiu trazer às telas o Gainsbourg de sua infância.“Eu amo demais Gainsbourg para trazê-lo à realidade. Não são as verdades em torno dele que me interessam, mas suas mentiras.” - Joann Sfar.
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