Fiquei com a impressão que a idéia central era falar sobre como se encontra a classe média hoje, representada por Cauã Reymond.
O filme começa com esta citação de Rousseau: "Uma sociedade só é democrática quando ninguém for tão rico que possa comprar alguém e ninguém seja tão pobre que tenha de se vender a alguém".
"A gente é educado pra não roubar, mas não é educado pra não ser roubado" é uma das falas de Léo.
Mas poderia também se observar quais são os limites do "certo e errado", pois o galã do filme começa a praticar crimes. Ou ainda discutir os conflitos e incertezas dos personagens.
Porém o filme passa por eles sem entrar no universo de cada um, o que fica muito claro quando o taxista Wilson procura um psiquiatra. A cena nem aparece e tampouco se explora os motivos que faz com que ele procure ajuda. Só vemos uma tentativa de suicídio.
Não fica claro a relação de Ângela e Léo, além da impressão que Georgina (Leandra Leal) tem sua particpação cortada na edição.
Mesmo assim o filme é interessante para se observar como é possível se estabelecer laços de amizade com pessoas que se conhecem há pouco tempo e ainda ver São Paulo como cenário.
Este filme dirigido por José Eduardo Belmonte ganhou 3 troféus Redentor no Festival do Rio, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Caroline Abras) e Melhor Roteiro. Ganhou também o Prêmio da Câmara Legislativa e o Prêmio Saruê, no Festival de Brasília.
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